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© Flickr/ Sebastiano Pitruzzello
Artigo
Publicado em 7/1/2015 por Isabel Pereira

Em 2014, 62,7% da energia elétrica consumida em Portugal teve origem em fontes renováveis. Os dados, apresentados esta terça-feira pela Associação de Energias Renováveis (APREN), apontam para uma subida de dez pontos percentuais em relação ao ano anterior.

“Portugal é hoje um dos países da União Europeia com maior consumo de eletricidade proveniente de energias renováveis”, destaca em entrevista ao Ciência 2.0 Ana Rita Antunes, coordenadora do Grupo Energia e Alterações Climáticas da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza.

O setor hidríco, através das grandes barragens, contribuiu para 29,4% do consumo elétrico, seguido do setor eólico, com 23,7%. A especialista explica que estes dados “confirmam uma trajetória positiva crescente, que resulta de medidas governamentais tomadas desde o início do século XX, nomeadamente o investimento em parques eólicos”.

Uma maior representatividade deste tipo de fonte energética “diminui as emissões de gases de efeito de estufa, e contribui para a independência energética do país”, refere.

De facto, segundo a APREN, Portugal registou em 2014 uma dependência menor da eletricidade importada. Apesar de ainda manter um saldo importador de 1,8%, o país exportou mais 30% e importou menos 22% do que em 2013.

Descontando as variações meteorológicas, ou seja, corrigindo as percentagens através de um índice de produtibilidade hidroelétrica, a parcela das renováveis chegou a 55,4%. A meta de 60%, estabelecida pelo Governo para 2020, está, então, “perto de ser alcançada”.

Para garantir a continuidade desta evolução, Ana Rita Antunes realça a importância de uma aposta na produção solar fotovoltaica. “A recente aprovação da lei do autoconsumo [que permitirá a cada consumidor usar a energia que produz] pode impulsionar este setor”, conclui. 

Foto: Flickr/ Sebastiano Pitruzzello

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